Letra: Anomar Danubio
Música:Elton Saldanha e Alemão do Bororé
Intérprete: Alemão do Bororé
Passa o beiço no palheiro
No velho isqueiro chamusco
E sebruno de repente
Me dá um coice no cusco
Num pulso se vai pro céu
Me leva junto no basto
Pra cima berro e boléu
Pra baixo matando o pasto
Quase me quita las riendas
Menos mal vinham atadas
Se não ia juntar as garras
Lá no fundão da invernada
A cuscada sai batendo
Para espantar os assombros
O pala me tapa a cara
E o céu me vem pelos ombros
Ai ai ai ai vida gineta
Sonhar com moça bonita
Nos bailongos e carpetas
A acordar com esses reunos
De baixo das minhas rosetas
Oi ga le tê pago pra ver
Carca o garrão e bufo e mango
Ai manda soltar
Que está formando o fandango
Quase me saca de riba
Ao corpear de uma gambeta
As onze dentes se agarram
E abrem charco na paleta
Já eu venho com a coragem
Numa cahcaça de molho
Meto as rosetas de ferro
Lá no buraco do olho
Se senta na própria cola
Dá um bufido e se boleia
E um quero-quero pachola
Se debruça nas oreia
Abro a perna e saio liso
Segurando no bucal
E as esporas, campo a fora
Deixam um rastro musical
Acordeon e Vocal: Luiz Carlos Borges
Violão e Vocal: Elton Saldanha
Bateria: Kiko Freitas
Baixo e Vocal: Paulo Deniz Jr
Violão Solo: Lúcio Yanel
Arranjo: Coletivo