Moenda da Canção, um breve histórico.
A Moenda é um festival de música que acontece na cidade de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul.
A história da Moenda começa em 1978. Neste ano, durante um congresso tradicionalista, surgiu a ideia de criar um festival de música nativa na cidade. O projeto foi se concretizar alguns anos depois, quando, em agosto de 1987, nasceu oficialmente a Moenda da Canção Nativa (Moenda – Associação de Cultura e Arte Nativa), transformando-se em uma novidade dentro do cenário dos festivais. Afinal, aos poucos, foi se observando que o Litoral Norte tinha algo diferente na musicalidade do Rio Grande do Sul. A descoberta de novos sons e melodias garimpadas e pesquisadas pelos músicos fez ressurgir no palco a música e o folclore regional, resgatando elementos das tradições Afro e Açoriana. A partir da 9ª edição, já sem o rótulo de Nativa, a Moenda da Canção dá um importante passo na cena musical brasileira e sul-americana: abre-se para todos os ritmos e melodias e torna-se, assim, um festival com espaço para a liberdade de expressão e para o ecletismo, sem preconceitos e pioneiro para o experimentalismo.
O nome do festival representa uma das principais características de Santo Antônio da Patrulha, reconhecida nacionalmente como terra da rapadura – e que chegou a ser uma das cidades mais industrializadas do Estado, com um número expressivo de engenhos de cana de açúcar. Tanto é que, durante a primeira edição, fabricantes de cachaças e rapaduras, todas sem rótulos, foram se instalando ao redor do ginásio. Com o passar dos anos, a produção começou a se destacar e, hoje, a feira é uma grande exposição de produtos da terra. Atualmente, a cidade é uma forte exportadora de derivados da cana de açúcar para o resto do Brasil e para o mundo, além de atrair estudantes de todo o país para a universidade federal e outros cursos técnicos no POLOSAP.
Organizado anualmente pela Moenda Associação de Cultura e Arte, composta por uma diretoria e demais conselhos, o evento é realizado sempre no mês de agosto e tem, agora, o projeto financiado pela LIC (Lei de Incentivo à Cultura). Para o festival acontecer, são feitos sempre um regulamento para inscrições e uma triagem, na qual um corpo de jurados seleciona as músicas concorrentes.
A Moenda é simplesmente assim: chegou como uma daquelas coisas que vêm como quem não quer nada e acabam por conquistar gerações – inclusive aquelas que ainda estão por vir. Ela é feita de encontros e desencontros, é uma mistura de ideias, discussões e muito companheirismo. Para ela acontecer, é preciso haver divergências, conversas, mas, acima de tudo, é preciso saber fazer amigos. Ela é um sonho que nos faz voar em cada canção, e, quando chega a segunda-feira, temos certeza de que ao acordarmos, o palco, o público, os músicos e o festival foram um grande espetáculo. “E é preciso começar a sonhar novamente em busca do novo, novas temáticas, procurando valorizar o passado e o presente”.
Além de ser um festival ininterrupto desde 1987, foi pioneira no estado ao criar a Moenda Instrumental, dando também oportunidade para os músicos instrumentistas apresentarem suas composições. Atualmente, a Moenda é um dos maiores festivais de música do Rio Grande do Sul, e resultado da atitude de um grupo de pessoas e de um povo que sabe reconhecer e aceitar com espírito de renovação tudo que vem de fora, que vem de longe em busca do novo. E o que se espera é que a brisa continue leve, e traga, nos meses de agosto, a todos nós, acordes das grandes canções. Pois, “A GENTE CRESCE COM MÚSICA”.
Presidentes:
1987 – 1995 – Antônio Carlos Maciel Monteiro
1996 – 2011 – Carmen Alminhana Monteiro
2012– 2013 – Luciano Gomes Peixoto
Vice-presidente – Cassia Message
2014 – 2015 – Luciano Gomes Peixoto
Vice-presidente – Aliston Oliveira
2016 – 2018 – Luciano Gomes Peixoto
Vice-presidente – Fernanda Monteiro
2019 à 2020- Luciano Gomes Peixoto
Vice-presidente – Raffaela Reis
2021 – Fernanda da Costa Monteiro
Vice-presidente – Luciano Peixoto
2022 à 2024- Nilton Junior da Silveira
Vice-presidente – Débora Ramos