Letra: Anonar Danúbio Vieira
Música: César Oliveira
Intérprete: Cesar Oliveira e Rogério Melo
Ritmo: Chamamé
Cidade: Porto Alegre – RS
Campeio a volta, de chapéu tapeado
Neste bragado que domei paciente
Pois um cavalo quando é de respeito
Carrega um pouco da alma da gente.
Quem tira o sustento pra mulher e filhos
Do serviço bruto, chuva, sol e poeira
Dá valor a um pingo bueno e de coragem
Pra topar parada de qualquer maneira.
Nestes dias lindos de manhã serena
Saio escutando o talariar da espora
Carrego no sangue a tradição torena
De apartar o gado sempre “a campo fora”.
Por isso me agrada de parar rodeio
Pra empurrar zebu com o bico da bota
Quem é da lida não perde cuerada
Pra boiada alçada de fundão de grota.
Esta cachorrada que me faz escolta
É minha confiança quando pego o grito
Meus ovelheiros seguram a volta
E eu entro no meio e tiro boi solito.
Então levo o corpo neste meu bragado
Doce de boca e flor de campeiro
Se o boi é manso eu faço o costado
Saio pechando se for caborteiro.
Acordeon: Luciano Maia
Violão solo: Fabrício Harden e Márcio Rosado
Violão base: Érlon Péricles
Baixo: Diego Caminha