(Neto Fagunde/ Antonio Fagundes)
Intérprete:Neto Fagundes
São sete os olhos da Morte,
Cobra-grande, mosquetão.
Sete moços que fugiam,
Sem tempo para prisão.
Vinham dos lados de Osório,
Do Cará não vinham não.
Sete tiros, sete raios,
Sete inocentes no chão,
Livres de uma vez por todas
De guerra e revolução.
Nos muros do cemitério
Há uma pomba que arrulha
E alça vôo de repente
Ouvindo tamanha bulha.
O arvoredo do mato
Treme de medo e farfulha.
A dor queima de repente,
Fininha como uma agulha.
A Morte banha de sangue
Santo Antônnio da Patrulha.
Sete mortos inocentes,
Sete velas sem altar.
O povo, Chachá Pereira,
O povo não vai perdoar
E faz promessas pros mortos
Que tu mandaste matar.
Sete moços fuzilados
Moços,ainda, a sonhar,
Tem agora um monumento
Que o povo erguer no lugar.
Guitarra: Paulinho Fagundes
Baixo: Renato Mujeiko
Harmônica: TexoCabral
Percussão: Chicão Dornelles
Percussão e Vocal: Ernesto Fagundes
Teclado: Marcelo Lehmann
Sopapo: Giba-Giba
Arranjo: Coletivo