Santo sou eu
que ando por aí por quase nada.
Santo és tu
que abraça sempre a parada
e trocamos figuras
que pensamos serem bonitas demais.
Santos somos nós
que sempre caminhamos lado a lado.
Nos lambuzando no açúcar de nossos sonhos,
nos embriagando de aguardente azul,
inventando as noites
como achamos que devem ser
as noites do sul.
Rapadura!
Doce como é doce a paixão.
Pororoca e Porão.
Prá um carinho eu já sei a estrada.
Santo sou teu
Que teimo em perseguir esta fagulha.
Santo és tu
que me protege, me patrulha
limpando o caminho
de espinhos e pedras que podem ferir.
Santos somos nós,
Pedros, Paulos , Ritas e Marias,
Antonios de tantos tons,
minha free-way.
Antonios do que sou
e do que eu sei.
Nossas asas nos levaram tão longe
como nunca imaginei.