Letra: Daniel Sanchez
Música: Daniel Sanchez
Intérprete: Grupo Tarumã
São Paulo SP
Agora eu chamo o “Cordel do Fogo Encantado” prá fazer um bem bolado no dom de Palavriá.
Quem perde uma, perde duas, perde três, perde o fio da meada e não consegue mais voltar:
E nos meus versos eu castigo o que não presta a canção é o que me resta entre o céu e o mar.
É lua nova, minguante, crescente, cheia, a aranha faz sua teia e põe a mosca, pra deitar…
Agora mesmo eu proponho um desafio, quero ver quem desce o rio num qalope à beira mar,
Só na viola se conseque tal proeza, nado contra a correnteza e é só pra contrariar:
Então eu canto só fato nome de peixe, quero que você me deixe na função de improuisar:
É peixe-boi, mandi. jaú, bagre, pintado, pacú, tilápia, dourado, surubim, curimbatá…
Agora eu canto só falo nome de bicho, quero ver o reboliço que isso pode resultar:
Anta, veado, paca, onça, capivara, coruja, cavalo, arara, jacaré, tamanduá;
Agora eu canto só falo nome de rio, quero vaia e assovio se por acaso eu tropeçar.
É Tietê, São Francisco, Rio Madeira, Negro, Paranapanema, Amazonas, Paraná…
Agora eu canto, só falo nome de fruta, na embolada não discuta, não pode língua travar
Manga, melão, pitanga, figo, carambola, caju, coco, pêra, amora, tangerina, guaraná.
Então eu canto falo nome de menina, essa é a minha sina, mas não quero plagiar:
É Cláudia, Cátia, Daniela, Luciana, Sônia, Lu, Maria Silvana, Ana Cristina, Beá…
Palavriá, palavrïá, palavriá:
Essa embotada funde o coco, rap, funk, brasileiro.
Palavriá, palavrïá, palavriá:
Isso mistura Chico Science com Jackson do Pandeiro.
Palavriá, palavrïá, palavriá:
Essa embolada funde o coco, rap, funk, brasileiro.
Palavriá, palavrïá, palavriá:
Celma do Coco em Nova Iorque, James Brown em Juazeiro.
Voz e violão: Alê Moreno e Marcelo Barum
Voz e percussão: Daniel Sanches e Carlos Moreno
Viola e Guitarra: Sandro