(Chico Saratt e Rodrigo Bauer)
Intérprete: Chico Saratt
Porto Alegre e São Borja – RS
O medo inquieta a calmaria e grita
Em seu silêncio que não tem segredos
Sopra tormentas pela noite aflita
De quem insone prenuncia medos
O medo ruma nas estradas pleno
Faz-se presente a destruir futuro
A paz de quem acende um sol pequeno
Que o medo apaga pra viver no escuro
O medo habita o coração dos homens
Amarra os passos sem deixar partir
E planta anseios pra colher a fome
Secando os lábios de quem quer sorrir
Talvez por isso é que no céu do medo
Já não há plumas nem se voa mais
Tudo é tão tarde sem ter sido cedo
E quem navega não encontra o cais
O medo às vezes faz que vai embora
Mas, de repente vem na ventania
Está na lágrima que se evapora
Mas, que promete retornar um dia
E o homem cego vai seguir perdendo
Todos os sonhos que colheu na. estrada
Nessa loucura de viver temendo
O próprio medo de temer o nada.
Arranjo, teclado e vocal: Ricardo Freire
Teclado: Paulinho Bracht
Baixo: Luis Martins
Bateria: Marcelo Farias
Vocal: Vinicius Brum
Sax Tenor: Dimitri Arbo
Guitarra: Andrei Copete