37ª Moenda da Canção

O ESCURO

(Vinícius Brum)
Intérprete: Vinícius Bru m

Nem tudo que o mundo ensina
a gente pode aprender,
quem vive dentro do frio
precisa derreter
e só reconhece a sombra,
quem tem sóis para acender.

Quem em sua alma transita
escuta vozes que vem
de cada mundo impossível,
que a loucura sabe bem.
E toda loucura é santa,
que embalsama e diz amém,
mas às vezes traz verdades
que as palavras já tem.

Cantando velhas milongas,
eu tento me conhecer,
nestes mapas incendiários,
que a estrada oferecer.
Já vi lampiões apagados
violões ouvi tanger,
melodias que tão tristes,
não vinham pra entristecer.

Vi longas luzes acesas,
pelas noites do galpão.
Fechei meus olhos no escuro,
pra enxergar o coração.

E descobri que o grande mundo,
em sua sabedoria,
inventa pra cada sonho,
um acordar-se também…
…se o escuro andar tão perto,
te abraçando noite e dia,
pode estar só preparando
a próxima luz que vem.

Baixo: Edson Júnior
Bateria: Ricardo Arenhaldt
Violão: Vinicius Brum
Arranjo: Coletivo