Tal qual os primeiros passos,
Ia juntando pedaços
Acerca daquele tema.
Qual não fora o privilégio,
Ver no mural do colégio
Estampado o tal poema?!
E vieram outros escritos,
Nesse mistério infinito
Que habita a inspiração…
E o menino poeta
Se fez homem de alma inquieta,
Abraçado ao violão.
Ser mensageiro da arte
É dom de luz que faz parte
De um plano superior;
É dar voz ao que se sente,
Pra, no fim, deixar sementes
De esperança e amor.
Não se escolhe ser artista:
Há muito já estava escrita
De cada um a missão.
A arte faz sua estrada,
E um dia, firma morada
Na alma e no coração!
O semblante que ostento
É só um blefe do tempo
À procura de abrigo;
Pois há um pouco do guri
Em tudo o que escrevi
E ainda levo comigo.
Talvez pelas mãos de Deus,
A arte me escolheu
E me deu esse presente,
Pra que eu vista a fantasia
E transforme em poesia
Os sonhos da minha gente.