Milonga
Letra e Música: Mário Barros
Intérprete: Délcio Tavares
Eu fiz morada na espera
Quando esperar era o fim
Busquei rumos na saudade
E ela negou-se pra mim
Então cheguei à verdade
No momento de partir
Quando somente as estrelas
Me diziam aonde ir
As léguas levam e trazem
Os anseios retovados
Que fazem de meus ideais
O couro em que fui trançado
Um caminho divergente
Fica sempre tão igual
Se o horizonte é mais longe
Do que seu próprio final
Por isso trama e palanque
É que fazem meu sustento
E o som de gaita em bailanta
Me vem ao sopro do vento
No colo de alguma prenda
Sempre encontrei meu alento
Me entreverando nas luzes
Que espiam no firmamento
E assim vou domando os dias
No potreiro da existência
E vou retossando as noites
das aragens, das essências
encilho um flete aragano
E os versos desta vivência
São as cantigas que canto
Aos recantos da querência.
Mário Barros: violão
Osmar Carvalho: violão
Oscar dos Reis: acordeon
Plauto Cruz: flauta