(Beto Santos)
Intérprete: Beto Santos
São Paulo – SP
Uma sereia bela
De um rio de tradição
Em certa noite, sonhei
Sonhos de amedrontrar
Me disse ela
Que a chuva ia chegar
Que eu procurasse ter fé
Tanta fé
De até derramar
Sonhei
E me acordei
Caminhei só
Por matas de Ingá-mirim
Tanta terra estorricada
Por um sol
Que não tem fim
Com visões de um Oiá
Com visões de um Oiá
Eu vou
Nunca mais ver
Mata queimada
E a invernada
Sem cor
Ao meio dia a terra tremeu
E a pedreira do alto bateu
Alguém me disse que isso é prenúncio
Que a chuva da boa
Não tarda a chegar
Ah! meu Deus
Fez a chuva brotar
Lá dos olhos do doce Oiá Oiá,
O do Oyá.
Rio de Tradição: Dis respeito ao Rio Níger, que simboliza a fartura e a
fertilidade da terra, É o local onde nasceu “Oyá”.
Oiá ou Oyá: é a divindade dos ventos e das tempestades, que em iorubá
chama-se “O DQ OYÁ”. Também conhecida como IAIMSÃ, que no sincretismo
afro-brasileiro, compara-se a SANTA BÁRBARA.
– Aqui, um povo carente de chuvas, tem sonhos e visões com “Oiá”, depois de
ver perdida toda a plantação.
Violão e Vocal: Tuca Filho
Viola e Vocal: João de Deus
Percussão e Vocal: Denise Millie
Arranjo: Quarteto Acústico