Letra e música: Fabrício dos Anjos
Intérprete: Fabrício dos Amjos
Ritmo: Xote
Cidade: Belém – PA
Há fome que dá medo de se ver
Na América do Sul
Vidas que se alimentam de viver
De esperança no corpo quase nu
E nem destino a saber
Ainda tenho a minha voz, e o ardil
Pra cantar pros meninos do Brasil
E a fome a devorar a vida
E a vida a definhar de fome
Vidas indo no choro da mãe
Vidas indo sem rumo e sem nome
Lá pra capital
Pra ser notícia de jornal
É o sol rachando a pele
E a seca rachando o chão
De um povo sem certezas, sem comida
E sem perdão
Genocídio não tem hora, gentileza
E nem nação
Que aguente a língua seca
Por conta do seu patrão
Na intimidade dos seus pés, os espinhos
No caminho as pedras e os ais
O querer poder colher pra merecer
A bendita bênção do pai
Pra se ter um bom morrer
Pra em fim viver em paz.
Bateria: Mimo Aires
Baixo: Miguel Tejera
Teclados: Paulinho Bracht
Violão e voz: Otávio Segala