37ª Moenda da Canção

LABIRINTOS

(Mano Oliveira/ Mauro Marques)
Intérprete:Flávio Hansen

Um candeêiro a me encilhar penumbras
uma paixão a me querer ardente;
o teu perfume e o teu jeito doce
a me envolver e me encontrar carente.

Tua presença abre a porta e chega.
Lá fora, vive uma garoa… e dança!
Outra milonga choraminga o rancho…
dentro do peito o coração se amansa.

Então, eu saio pra os meus impossíveis
e bebo a imagem que me invade a mente.
Não há cancela que segure o sonho
que me atropela, me fazendo ausente.

É tarde da noite louca toma rumo.
Só eu me perco nos seus labirintos.
Coincidências de um destino incerto,
nos encontrando apenas por instinto.

Ah, que milonga carboteira
ame cobrar o seu preço,
a derrubar as porteiras,
a revirar meus avessos.

Todas miragens vão ganhando formas,
parindo vícios de um requer aflito,
beijos e juras, madrugadas a fora,
gemidos roucos, suplicando gritos.

A chuva pára e a lua nos visita…
o rancho beija a mansidão da calma.
Todo silêncio a não quebrar encantos.
No velho quarto… o adormecer das almas!

Teclados: Dado Jaeger
Violão: Mauro Marques
Bateria: RicardoArenhaudt
Baico: Clovis Boca Freire
Trompete: Jorginho do Trompete
Arranjo: Dado Jaeger