Letra e música: João Correia
Intérprete: João Correia
Ritmo: MPB/Frevo, Baião e Repente
Cidade: Rio de Janeiro – RJ
Seu delegado, invadiram o mercado
Desespero pra comer!
Quem é o culpado?
O mais interessado da miséria acontecer
Trem de intriga, me diz se isso é vida
Brasileiro meu irmão
Alma ferida empurram com a ferida
Inventando solução
Quem tem um conto?
Quem tem?
Quem tem um prato?
Quem vive roendo osso
Quem não sai desse buraco
Nervos de aço
Quem pra frente dá um passo?
Quem tem corda no pescoço
Quem tá apertando o laço?
Dona justiça fêmea da preguiça
Bicho ruim de trabalhar
Cheira carniça por cima desta terra
Urubu tende a voar
Vossa alteza me diga com franqueza
Qual caminho pra seguir?
Com toda pureza num balaio de incerteza
Tá difícil de sair
Negra verdade cartel de crueldade
Dilacera todo amor
Sangra a vontade cultivo de maldade
Tem remédio sim, senhor!
Gente na praça arrebite esta raça
Na garganta vive um pó
Telha vidraça uma pedra estilhaça
Andorinha não esta só
Sou brasileira sobrevivo ao negativo
Não tem mais adjetivo
Na palavra que eu falar
Quero motivo consciente positivo
Um frasco de corretivo
Tem arquivo pra queimar
É abusivo o poder do distintivo
Leva fama fugitivo
Incentivo a incriminar
Um curativo no pescoço corrosivo
Nada mais subjetivo
Coesivo pra mudar
Violão Caipira: João Correia
Pandeiro: Mimo Aires
Vocal: Otávio Segala