Deito o corpo na presilha
firmo o laço, meto um tombo
sou do lombo do cavalo
e o pealo é minha poesia…
No caminho em que me encontro
o tema não tem reclame
fronteira não tem arame
na estância do meu silêncio…
Nesta vida descuidada
o verso enverdece as macegas
o berro empurra o fiador
e o resto enseba as canelas
disparando da ousadia
que invade meus argumentos…
Onde a trova se repete
reclamo conhecimento
e nunca durmo nas palhas
com as garras sentando o pelo
de alguma dor mal costeada
nas cordas do meu violão!
E NÃO TEM DE “VAMO VÊ”
DEPOIS QUE PEGO A ESCREVER
OVELHA NÃO É PRA MATO
E MÁGOA É PRA ESQUECER…
Se de pronto canto-flor
impaciento as imposturas
falta envido aos calaveiras
e carancho não se mistura…
Onde o campo encontra as casas
a palavra é meu batismo…
Um galpão sem livro
é um corpo sem alma!