Milonga
Letra: Guido de Jesus Machado Moraes
Música: Luis Carlos Camejo Cardoso
Intérprete: Luis Cardoso
A cana é dor na moenda,
na indiferença dos bois…
depois “guarapa” na tenda,
e rapadura depois…
Mas, antes de ser doçura,
e rapadura… Quanta dor!
O corte, a morte, a tritura,
no engenho moedor.
VAI MOENDO, MOENDA,
CANAS E GANAS DA ALMA:
QUE A SEDE DO CORAÇÃO,
SÓ ESTE SUCO ME ACALMA!
No alambique destilando,
vira “AZULADA RAINHA”:
consola o índio que sofre,
ou é brinde na festinha…
Aquece a alma e o corpo,
faz esquecer ou pelear:
quantos caminhos, caninha,
no nascer ao destilar!
Após o corte, a morte e o sofrimento,
teu sumo vem me consolar!
Jorge Carreta: flauta
Mário Brião: violão
Marcelo Caminha: violão
Zulmar Benitez: bombo