Por onde o rio passa
os verdes reflorescem
a relva, a rã, a garça agradecem
todo frescor e graça
da corrente cantante
que rola abismo abaio, abundante
Por onde o rio passa
sem mais, ajunta gente
e um povoado nasce no repente
o pescador, o canoeiro
a artesã que tece a rede
que embala os amantes
há mesa farta para o banquete
repouso pro cansado viajante
por entre musgos e pedras
a preciosidade anda presente
Canto de lavadeiras
Por onde o rio passa
Moças namoradeiras
Por onde o rio passa
Banhos de cachoeira
População ribeira
A fruta ingazeira
minha canção faceira
Por onde o rio passa
Por onde o rio passa…
Canto de lavadeiras…
Moças namoradeiras…
Banhos de cachoeira…
Minha canção faceira…
Por onde o rio passa!