Um passado otomano, neste sul-americano…
Português e castelhano!
Nessas tendas da fronteira, telas de seda vermelha…
E chibeiros mascateando!
A bombacha de riscado! Fundo negro salpicado
Cor do pêlo desses potros!
Um cordeiro bem carneado, o vinho tinto chibeado…
Do agrado desses mouros!
Mais de mil e uma noites, e os encantos do Rio Grande
Convidando pra sonhar!
Quando o sonho é verdadeiro, um gênio véio pampeiro
Faz o baixeiro voar!
Sabemos muito bem que por aqui também
Circula esse sangue mouro…
No vai-e-vem da linha, a gente troca uns pilas
Por seda, prata e ouro!
Quarto de Lua crescente; a Estrela do Oriente…
Neste céu ocidental!
E aquela princesa moura, no corpo de uma serpente…
Lá no Cerro do Jarau!