Letra: Jaime Vaz Brasil
Música: Ricardo Freire
Porto Alegre e Santa Maria
Lua, Lua
Do pampa.do plata,
Da índia, de Angola…
A lua ensaia a milênios
— em silêncio e placidez —
Ao negroazul do tablado
Quatro ensaios de nudez.
Lua, Lua
Das matas, dos cerros,
Da Espanha, do Alhambra
A quem ousar decompô-la
Por onde pense de leia
Há de curvar-se. E beijá-la:
Não existe lua feia.
Lua, Lua
De Lorca-Gitano, De Fuentevaqueros…
A lua não dorme à noite
E a si mesmo não inspira
Nem cultiva insônia e sono:
Apenas existe. E gira.
Lua, Lua
De Tapes, Durazno
De Roma e Perugia…
Em quietude ela se noiva,
Com seu noturno disfarce.
Porém, por mais que se esconda,
Mais o seu fim é mostrar-se.
Lua, Lua
Da Calle Florida,
Do Mar dos Açores…
Mas e se o céu for um campo
Onde um menino perdeu
A bola branca que gira
Brincando nas mãos de Deus?
Lua, Lua
Do Pampa, daPlata Da índia, de Angola,
Das matas, dos cerros
Da Espanha, do Alhambra.
De Lorca-Gitano,
De Fuentevaqueros,
De tapes, Durazno,
De Roma e Perugia.
Violão Nylon e vocal: Jair Medeiros
Violão aço e vocal: Erlon Péricles
Teclado e vocal: Ricardo Freire
Teclado: Paulinho Bracht
Bateria: Marcelo Freitas
Percussão: Giovanni Berti
Baixo: Ricardo Baumgarten