“Quero ver maçacaia mexer,
Pena no tambor repicar,
A negrada cantando do topo do morro
Até a beira do mar…”
Balainho atado… na perna com fé
Vai marcando cantigas… batendo com os pé
No bater do tambor soa meu coração
“Dos morro cantamo” ao Calunga irmão.
Peço a Nossa Senhora sua proteção
Vou cantando pra Ginga…..minha devoção
O que sou nesta terra… meu reinado não importa
Bom de dente, canela fina… presto pro batente.
Mas agora sou caiambola…sou negro fujão
Vou forma uma maloca… me esconder dos capitão
Um risco no mato, negra matiz,
Quimeras, lembranças, passado e raiz.
Varando os “óio” no mar, busco a África,
E pra tua alegria mãe Ginga meu tambor vou tocar.