Ritmo: Canção
Letra: Paulo César Pinheiro
Música: Eudes Fraga
Rio de Janeiro
Tem sempre nas noites de lua
Em tudo que é canto de rua
Um resto de som que flutua
Um vago assovio no ar
Mais doce que um sopro de flauta
Que acalma quando é noite alta
E as vezes também sobressalta
De tanta tristeza que dá.
Vai longe o assovio, e vai lento
Nas asas noturnas do vento
Parece que aquele lamento
Não vai nunca mais se acabar
E quem assovia nem sente
Como a melodia é dolente
E as vezes vai dando na gente
Vontade também de chorar.
E quando já é de madrugada
Ainda se ouve na estrada
Esse vago assovio e mais nada
Seguindo o clarão do luar
Pra nunca ninguém ser sozinho
Precisa por todo o caminho
De dia cantar passarinho
De noite alguém assoviar.
Acordeon: Luís Carlos Borges
Violão: Eudes Fraga